sábado, 13 de junho de 2009

Corpus Christi

Na tarde do dia 11, lá fomos nós, mais ou menos uma dúzia de estudantes de Jornalismo, ao SaliPi. Teoricamente: "fazer uma matéria para a prof. Jacqueline". Na prática: conversar e falar mal dos preços dos livros. Sinceramente, fui para lá esperando encontrar alguns Best Sellers com um precinho mais interessante. Não encontrei. Assistimos uma palestra um tanto inútil, andamos, falamos mal dos preços, falamos mal de outras coisas (e pessoas) e então fomos embora. Ou tentamos.
Saindo da Praça Pedro II, mais ou menos às 7hrs da noite, e subindo a Av. Antonino Freire, já era possível ver uma multidão que se formava ao redor da Igreja São Benedito. Normal, feriado de Corpus Christi. De longe, muito bonito. Um palco interessante, bem ilumidado, muita gente segurando umas velinhas e cantando junto com o Padre uma música que me soou familiar, mas que eu não consegui acompanhar. Tinha que passar pelo meio daquela gente para chegar à Av. Frei Serafim, mas de repente me ocorreu um mau pensamento... Fiquei com medo de passar por ali e alguém, mesmo sem querer, colocar fogo no meu cabelo. Tá, bobagem, deixem pra lá. Então notei que a maioria das pessoas ali, eram idosas. Poucas crianças e quase nenhum adolescente. Passei rápido, cheguei à praça da Liberdade; caminhei um pouco, estava na Frei Serafim. Ótimo. Ia pegar meu ônibus e ir para casa. Sem chance... Um pessoal estava invadindo a avenida com carros de som e um trio-elétrico. Muito barulho. Uma música alta em que a única coisa possível de se entender era "Senhor Jesus". Muita gente cantando, gritando, dançando, pulando, deitando no chão... A avenida interditada, eu só queria ir embora. Era a "Marcha para Jesus" organizada pelas Igrejas Evangélicas de Teresina. E então reparei que a grande maioria era de adolescentes. Poucas crianças, quase nenhum idoso. Comecei a pensar se aquilo era por acaso. Não, não era. Já havia lido algo sobre a forma como as Igrejas Evangélicas estão agindo de forma a cativar os jovens, fazendo com que eles não somente se convertam, mas também se tornem seguidores ativos dentro dessa proposta; e o modo conservador como a Igreja Católica ainda atua, com poucos jovens realmente participantes das ações dessa Igreja.
A minha intenção aqui não é questionar quem está certo, quem está errado. Foi apenas um momento interessante em que essa diferença de postura das Igrejas diante do povo se mostrou de maneira bem nítida. Tanto pela forma de comemorar o feriado, como pelas pessoas presentes em cada ambiente, deixando ainda mais clara essas abordagens tão distintas.
Prometo, a mim mesma, fazer uma pesquisa sobre isso para tentar entender certas questões que têm me ocorrido ultimamente. Algumas coisas parecem um pouco contraditórias pra mim. Como o fato de as Igrejas Evangélica e Católica serem "permissivas" em aspectos diferentes e como alguns desses aspectos têm sido especialmente preferidos, pelos mais jovens ou pelos mais velhos, em cada uma.
Mas, de verdade, o que mais gostaria, naquele momento, era de ter conversado com algumas pessoas de cada ambiente para saber se sabiam exatamente o motivo de estarem ali... Comemorando!
OBS.: Se você não sabe porque ficou em casa nesta quinta-feira...