quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia do Jornalista

Quantas vezes eu já quis mudar de curso? Olha, confesso que não lembro, mas talvez nem tenham sido tantas assim, as vezes em que pensei nisso. É que eu sou ruim em matemática e não conseguiria fazer as contas, agora. Aliás, taí um motivo de eu ter escolhido Jornalismo. 

Eu sempre digo isso, mas hoje é dia de eternizar o pensamento: se eu disser que entrei no curso de Jornalismo apaixonada e cheia de planos e sonhos, vou estar mentindo. Eu sentia uma ponta de invejinha dos colegas de turma que diziam ter escolhido o curso porque eram "apaixonados"; era isso: paixão. Eu só simpatizava. Confesso que nem rolava uma paquera. Eu sentia, sim, inveja dos meus companheiros - também calouros, mas parecendo tão mais bem resolvidos e realizados. Eu fiz Jornalismo porque sabia exatamente o que NÃO fazer: exatas ou saúde. E qualquer outra coisa de humanas parecia que não ia me manter empolgadzzZZZzz... 

Taí, acho que foi só por isso, por não ter esperado nada, que eu não desisti até hoje e, de uns meses pra cá, não tenho pensado nem uma vez em abandonar isso tudo. Se eu tivesse entrado na UFPI esperando tudo que de melhor o curso de Jornalismo pudesse me oferecer, eu estaria deprimida a essa altura do campeonato. Certeza, eu me conheço. 

Logo no nosso primeiro período, desinformados, iludidos, sonhadores... A queda do diploma. Nós nem sabíamos direito o que pensar. Protestamos, fomos à Frei Serafim, gritamos... Mas, falo por mim, eu não tinha ideia do que aquilo representaria, exatamente, para nós. Só tinha na cabeça a certeza de que alguma coisa mudaria... E pra pior. Bom, o tempo passou, começamos a nos envolver, a conhecer pessoas, rotinas, realidades... E a questão do diploma virou um detalhe mínimo diante do mundo que estava se mostrando, cada vez mais louco, à nossa frente. 

Foi aí que eu me apaixonei. Demorou, mas esse negócio me conquistou. Depois que eu deixei de me questionar sobre como seria, o que eu faria, onde aconteceria, e decidi viver aquilo ali, aprender ao máximo, aproveitar tudo, aí sim, eu me deixei conquistar. Hoje, eu não me imagino fazendo outra coisa e nem sei como pude, um dia - um dia que, hoje, parece muito distante - pensar em desistir ou escolher um outro caminho. 

Hoje, estou exatamente na metade do curso do Jornalismo, início do 5º período. E a certeza que eu tinha de que tudo mudaria ou de que tudo continuaria igual, ou a certeza de qualquer outra coisa, naquele dia em que caminhei gritando e protestando contra sabe-se-lá-o-quê numa manhã muito quente do início de 2009, já não existe. Eu não tenho certeza de coisa nenhuma. Eu só sei que depois de dois anos vivendo isso, essa realidade, esse modo de observar as coisas, eu finalmente sei bem o eu quero, de verdade: continuar vendo o mundo com esse "óculos" interacionista-simbólico-behaviorista-freudiano-etnográfico-comunicacional. :P

Quando eu finalmente puder dizer que sou Jornalista POR FORMAÇÃO - ;) - e estiver com meu diploma em mãos - que vai valer cada xerox, cada feijoada ruim do RU, cada professor que não foi dar aulas, cada ar-condicionado quebrado em pelo B-R-O-bró, cada seminário preparado na véspera, cada gato doente que cruzou meu caminho pelos corredores do CCE... - eu vou poder dizer que me orgulho do que conquistei não porque ser Jornalista é glamouroso e #mimimi, ou porque foi dura a caminhada - porque nem está sendo tanto assim, vamos falar sério, né? haha - mas porque eu realmente vou acreditar naquilo que estarei fazendo. Porque apesar de ter visto/ouvido/lido muita coisa que quase me venceu, eu acredito que a gente pode muito. Muito e muito bem.  

Feliz dia do Jornalista - em especial para os ainda não Jornalistas da Universidade Federal do Piauí. ;)


ps: manhã o CA, na pessoa do Senhor José Orlando, vai pagar o almoço de todo mundo - no RU, ok? - que twittar esse texto! 

#pegadinhadomalandro hahahaha



3 comentários:

kaio oliveira disse...

É impossível nesse dia do jornalista não pensar nos desafios para o futuro. Quando estivermos formados, todos os momentos vividos na UFPI serão Passado - com ótimas lembranças e outras talvez não, porém uma experiência enriquecedora. E só lamento para quem não tem diploma, por que passar 4 anos sentado numa cadeira de universidade é muito bom, vai!!!

Jônatas disse...

http://bobicediaria.blogspot.com/2010/08/por-que-fazer-jornalismo.html hoho

Anônimo disse...

Estudei jornalismo na UFPI, sou formado por lá, e não sinto falta nenhuma...

Eu sou o outro lado da história. :p